quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ninguém segura esse bebê


Antes de começar a contar como anda o pequeno Arthur, só quero dizer que um olho meu tá aqui no PC e o outro lá nele que não para de rir pra mim. Juro! Ele ta lá dando gargalhada (não me pergunte o porquê, porque eu não faço idéia).

Ele completou sete meses no ultimo dia 16 e tá cada dia mais #semvergonha. Agora ele ja senta sozinho (como ele acabou de fazer à alguns segundos atrás). E tenta, tenta engatinhar mais cai. Hihihihi #umagraça

Gente, ele não para de rir pra mim, e quer que eu dê atenção à ele! Pode uma coisa dessa??

Eu não cheguei a postar aqui também sobre o primeiro dentinho dele. Apontou no começo desse mês. E adivinha, foi eu quem descobriu! E minha mãe já foi logo dizendo: - Você vai ter que dar um ouro pra ele! #osantigosdiziam

E o garotinho já come de tudo! Não pode ver mais ninguém comendo! E já tem até suas preferência como - Tomate, Kiwi e Amendoim. Acredite! (entre outras, é claro.) E bebe aguá mais do que eu. :O

#travessuras - Ele tira a prória fralda. Joga o brinquedo de propósito no chão pra gente pegar. Cada dia ele me aparece com #Caras&Bocas diferentes. entre outras que eu não lembro agora.

#sustosdamadrugada Tbm acho que não contei que ele caiu da cama. Foi a mais ou menos dois meses atrás. Nóóóssa!!!! Imaginem o susto que não foi. Eram quatro e pouco da manhã! Fomos correndo com ele pro médico e graças a Deus, não aconteceu nada! E hoje e não me apronta de novo? Acordei e me assustei qdo vi que ele não tava do meu lado. Onde ele tava? No vãozinho entre a cama e a parede, (não me pergunte como ele se enfiou lá) dormindo em pé. Siim! Em pé! Quando acordei e não vi ele do meu lado, dei um grito e acabei acordando minha mãe e irmã, que cairam na gargalhada qdo viram o que tava acontecendo. Eu também ri, mas o coração tava - tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu! E ele depois daquela barulhera toda, acordou e começou a rir, é mole? Acho que com mais um susto desses eu infarto.

Eae, alguém segura esse bebê?


#gracinhadamamãe

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Musica nova do vanguart II

Eles postaram semana passada no fotolog pessoal da banda, o seguinte:
"E as músicas estão nascendo, o nosso novo disco nunca esteve tão próximo. Obrigado a todos pela paciência e coração".

Depois de "No Longer", "A Patinha da Garça", "Colorful Thoughts of Existence", "One Day We'll Be One" e "Engole"... "Desmentindo A Despedida" (video abaixo).
E o projeto Vangbeats (vaguart disfarçado de beatles) continua com TUDO!!!!
Esse video abaixo é da apresentação deles no Oi Futuro Ipanema. Que aconteceu no começo do mês no Rio.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Musica nova do vanguart

"...e arde mais que brasa em pele quente você olhando pra mim".

Hélio Flanders postou hoje em seu Blog pessoal (O Turista) letra e video em voz e violão gravado em Buenos Aires, de uma nova musica do vanguart. "Engole". Belissíma por sinal! ♥
Confira!



Veja também (Hélio Flanders by IndieFolks):
A Patinha da Garça
One Day We'll Be One
Semáforo

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Entrevistão de Setembro com Hélio Flanders



Leia a introdução da entrevista feita por: Marcelo Costa, Marco Tomazzoni e Tiago Agostini:

Hélio Flanders tem apenas 25 anos, mas suas histórias são as de um cara que já viveu ao menos o dobro disso. Ele parece levar a sério aquela máxima do Lobão sobre ser melhor viver 10 anos a mil do que mil anos a dez, mas precisou pisar no freio e agora vive sem pressa, fazendo as coisas totalmente de seu jeito. E ainda assim parece estar sempre dois passos à frente dos demais.
A primeira banda apareceu com 13 anos. Sexo, drogas, glam rock e Oscar Wilde no pacote. Aos 17, surgiu a necessidade de um auto-exílio na Bolívia, em que a loucura maior foi ficar careta. “Eu, artisticamente, na maneira mais simples da palavra, queria sentir coisas que nunca tinha sentido”, explica. Após uma bebedeira em La Paz que durou três dias, Hélio decidiu voltar para Cuiabá, reencontrar os amigos e montar uma banda.
O Vanguart surgiu como um furacão no cenário independente nacional. O boca a boca fez a banda lotar de curiosos a Funhouse, em São Paulo, num domingo às 19h para ver um grupo que fazia apenas seu segundo show na cidade. O disco de estreia, gravado e produzido em Cuiabá, apareceu no topo de várias listas de melhores do ano, inclusive do Scream & Yell (melhor disco de 2007, melhor música e melhor show de 2006), e muitos jornalistas viram no hit “Semáforo” o hino da geração 00.
Pelo andar da carruagem, o próximo passo seria o mainstream. A banda assinou um contrato com a Universal, lançou um disco ao vivo com a marca Multishow, mas deu um basta às necessidades do mercado, pois as cobranças ficaram maiores do que os desejos artísticos. O próximo disco do Vanguart, por exemplo, não tem data para sair. “Não se assustem se simplesmente não rolar”, ele avisa em certa altura desta entrevista.
Foram cinco horas de conversa regadas a uma caixa de cerveja belga Leffe em que Hélio – em estágio “semi-bêbado”, ele frisa – abriu o coração diversas vezes. Relembrou o começo da banda, explicou por que o Vanguart não toca mais em festivais, defendeu Mallu Magalhães, detonou o rock burro, falou de sua recente paixão pelo trompete e contou que já entregou 36 músicas novas para a gravadora, mas avisa: “O que menos me preocupa é a necessidade de voltar. O que mais me preocupa é voltar com algo que faça sentido”. Com vocês, Hélio Flanders.

Leia a entrevista completa (apesar de ser meia grandinha, vale muita a pena ler!)

sábado, 4 de setembro de 2010

Enquanto uns dormem...

Vou por atalhos
Se faço curva faço nó
Eu não tenho timão nem direção maior

Criando a talhos, a golpes de satisfação
Faço escultura em luz de lampião

Meu oriente é rente à televisão
Dos passos que passeiam no Japão

Menino, a lente é vidro de aumentar visão
E a mente é de alimento à solidão

Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem

Quero um balão pra poder subir
E avise que vou voltar se não cair

Fazendo um talho
A ponta de faca sem dó
Entrega ao punho sua direção

E assim me valho
De verbo ou de coisa melhor
E aceito a cicatriz como perdão

Deixa eu me explicar sem medo
Tão mais cedo quanto for
Assim não é preciso impressionar

Cale-me com um segredo
Que eu não possa ver a cor
Talvez seja mais fácil de acordar

Se eu não puder viajar
Me encontre aqui
Talvez eu vá me esconder em mim

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

REBICHADA *_____*

Não me importa trabalhar pra cachorro
O jumento é meu igual
Morro muito mais que gato no morro
Quando chega o carnaval
Sou eu quem cutuca o galo, viu
Pro galo cocorocar
Mas se pisam no meu calo
Não me calo
Eu tenho que falar
Como falo

Au, au, au, hi-ho, hi-ho
Miau, miau, miau, cocorocó
Essa história é mais velha que a história
Dos tempos de glória do velho barão
Quem não sabe de cor essa história
Refresque a memória e preste atenção
Não sou eu quem repete essa história
É a história que adora uma repetição
Uma repetição
Sou eu que distraio o galo, de fato
Quando a outra vai chocar
Sou eu quem arruma cama de gato
Ponho o gato pra mijar
Beijo a mão de vira-lata, sim
Chamo burro de doutor
Mas se alguém me desacata
Maltrata o meu brio
E meu valor
Largo a pata

Au, au, au, hi-ho, hi-ho
Miau, miau, miau, cocorocó
Essa fábula vem de outro século
Pelo fascículo dum alemão
O irmão do alemão deu prum nego
Que vendeu prum grego
Por meio milhão
Esse grego morreu de embolia
E deixou para a tia
O que tinha na mão
Essa tia casou com um pirata
E afundou com com a fragata
Lá no Maranhão
Essa lenda rolou na fazenda
Moeu na moenda
E espalhou no sertão
E eu não nego que roubei dum cego
E inda ponho no prego
Pra comprar meu pão
Não sou eu quem repete essa história
É a história que adora
Uma repetição
Uma repetição

(Enriquez - Bardotti - Chico Buarque / 1981)

Leia e Reflita: Casamento

"Obs.: Eu chorei. Chega uma hora que é inevitável. Ah, talvez eu seja um poucoo sentimental demais... mas a história e bonita.. e triste. Apesar de ser grandinha vale a pena ler até o fim."

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua
mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e
jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras.

No entanto, eu tinha que
dizer a ela o que estava pensando.

Eu queria o divórcio. E abordei o
assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa:

"Por quê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os  talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando.

Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim  a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na
mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi
imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de
forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso
filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente
propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o
rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me
lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no
dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a
carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela
estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar
meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e
achou a idéia totalmente absurda.

"Ela pensa que impondo condições
assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar
o divórcio" ,disse  Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito
tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia,
foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo

"O papai está carregando a mamãe no colo!

" Suas palavras me causaram
constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de
entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha
esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o
nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e
então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da
casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o
escritório. No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu
peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi
que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente
tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto,
seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve
muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia
feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior
com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a
mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a
cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez
meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou
uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um
suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu
então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a
facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega
tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei
o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora
de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe
todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa
abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos
segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que
estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus
braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da
casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o
meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a
segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas
pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando
estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade
com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro
endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de
idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a
porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com
febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu
não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não
soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta
de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la
até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a
porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei
para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê
de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria
de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi:  "Eu te carregarei em meus
braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e
um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde
encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas
eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado
com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã.
Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.