quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Entrevistão de Setembro com Hélio Flanders



Leia a introdução da entrevista feita por: Marcelo Costa, Marco Tomazzoni e Tiago Agostini:

Hélio Flanders tem apenas 25 anos, mas suas histórias são as de um cara que já viveu ao menos o dobro disso. Ele parece levar a sério aquela máxima do Lobão sobre ser melhor viver 10 anos a mil do que mil anos a dez, mas precisou pisar no freio e agora vive sem pressa, fazendo as coisas totalmente de seu jeito. E ainda assim parece estar sempre dois passos à frente dos demais.
A primeira banda apareceu com 13 anos. Sexo, drogas, glam rock e Oscar Wilde no pacote. Aos 17, surgiu a necessidade de um auto-exílio na Bolívia, em que a loucura maior foi ficar careta. “Eu, artisticamente, na maneira mais simples da palavra, queria sentir coisas que nunca tinha sentido”, explica. Após uma bebedeira em La Paz que durou três dias, Hélio decidiu voltar para Cuiabá, reencontrar os amigos e montar uma banda.
O Vanguart surgiu como um furacão no cenário independente nacional. O boca a boca fez a banda lotar de curiosos a Funhouse, em São Paulo, num domingo às 19h para ver um grupo que fazia apenas seu segundo show na cidade. O disco de estreia, gravado e produzido em Cuiabá, apareceu no topo de várias listas de melhores do ano, inclusive do Scream & Yell (melhor disco de 2007, melhor música e melhor show de 2006), e muitos jornalistas viram no hit “Semáforo” o hino da geração 00.
Pelo andar da carruagem, o próximo passo seria o mainstream. A banda assinou um contrato com a Universal, lançou um disco ao vivo com a marca Multishow, mas deu um basta às necessidades do mercado, pois as cobranças ficaram maiores do que os desejos artísticos. O próximo disco do Vanguart, por exemplo, não tem data para sair. “Não se assustem se simplesmente não rolar”, ele avisa em certa altura desta entrevista.
Foram cinco horas de conversa regadas a uma caixa de cerveja belga Leffe em que Hélio – em estágio “semi-bêbado”, ele frisa – abriu o coração diversas vezes. Relembrou o começo da banda, explicou por que o Vanguart não toca mais em festivais, defendeu Mallu Magalhães, detonou o rock burro, falou de sua recente paixão pelo trompete e contou que já entregou 36 músicas novas para a gravadora, mas avisa: “O que menos me preocupa é a necessidade de voltar. O que mais me preocupa é voltar com algo que faça sentido”. Com vocês, Hélio Flanders.

Leia a entrevista completa (apesar de ser meia grandinha, vale muita a pena ler!)

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