domingo, 17 de outubro de 2010

Com vocês... Clarah Averbuck & the Oneyedcats


Os Oneyedcats não tem esse nome à toa. Clarah Averbuck, letrista e cantora, vive sendo derrubada pela vida, mas sempre cai em pé. E aí está: aqui você encontra a cura para a obviedade “amor = músicas românticas e melosas”. Não é o caso, nem de longe. As músicas do grupo – completado por Bruno Bandini no baixo, Fernando Tristessa no piano/rhodes/synths e Jorge Anzol na bateria – capturam vários aspectos do amor: a celebração, a intensidade, a rispidez e, por que não?, a agressividade. Se você analisar essa (não) fórmula, encontrará algo que está à beira da extinção musical em nossos tempos de pasteurização industrial. O oneyedcats remete às cantoras clássicas do Jazz – um pouco de Billie, uma pitada de Ella – espontaneamente, sem nem tentar. Talvez seja resultado do estilo de gravação da banda, que não tem pudor em registrar suas músicas madrugada adentro, na sala de casa ou onde estiverem no momento de inspiração. Mas o grupo não é uma unidade isolada. Em “Comes Love”, o violino de Hique Gomez (Tangos e Tragédias) reforça a dramaticidade, enquanto Douglas Godoy (do Vanguart) dá brilho a “No One But Me”, gravada e mixada por ele. Neste ano o oneyedcats grava um disco, que deve ter participações estarrecedoras. - Paulo Terrón

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** Clarah Averbuck and the Oneyedcats no Estúdio Showlivre


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